POETA FRANCIS GOMES

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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Repetições do passado


Que vida é esta que nós vivemos agora?
Tudo não passa de um replay do passado
Ninguém não sabe quem é preso quem é livre,
E muito menos se é solteiro ou casado.

Se tem alguém ou se ele está sozinho
Para seguir trilhando esta longa estrada
Onde há momentos que a vida vale muito
E muitos outros que ela não vale nada.

E nesta estrada, o tempo voa, a vida passa
Como um avião em alta velocidade
E nós paraplégicos, vendo vultos da vida
Passar levando junto à felicidade

Não sabemos se a vida não nos aceita
Ou somos nós que não aceitamos a vida
Mas a vida tornou-se um mausoléu
E o mundo um labirinto sem saída.

É como um filme que alguém aperta pausa
O tempo passa, mas ele fica parado
Anos depois outro vem e aperta o play
Pra ver de novo o velho filme do passado

E assim somos protagonistas de uma história
Repetições de vidas sem legenda,
Onde o autor pensou num conto de fada
E o roteirista simplesmente em uma lenda.

Tudo que existe, já existiu um dia
E o que vivemos em outras vidas viveram sim,
A mesma história contada de varias formas
Muda os personagens, mas não muda o fim.



Francis Gomes

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

DECLARAÇÃO SILIENCIOSA



Há tantas coisas que eu queria te falar
E muitas outras que eu gostaria de ouvir
Mas com palavras não consigo explicar
Tudo o que você me faz sentir

É por isso que às vezes eu me calo
E sem palavras em silêncio te declamo
Todas as vezes que te olho e nada falo
Significa que estou dizendo: te amo.


Francis Gomes




quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Os dois seres que habitam em mim


Quando eu penso em você
Sinto dentro do meu ser
Dois seres entrarem em combate.
Um é lúcido e coerente,
O outro é louco inconsequente,
E assim vou vivendo este contraste.

Um segue as regras da lei, os mandamentos.
O outro as quebra em pensamento,
Pelo incontrolável desejo de tê-la.
Enquanto um te quer tão loucamente,
O outro é simples e inocente,
E treme de medo só em vê-la.

Confuso eu chego até pensar...
Se eu pudesse ter você sem te tocar,
Talvez fosse bem melhor assim.
Teria eu o que tanto quero,
Você igualmente como espero,
Se quisesse também teria a mim.

E para comigo cometo um delito.
Vivendo o meu “eu” este conflito,
Que transcende o meu próprio entendimento.
Quero a todo custo você que ainda não tenho,
Por outro lado eu muito me empenho,
Para não tê-la sequer no pensamento.

No entanto um de mim só pensa em ti,
O outro coitado tenta fugir,
Das loucuras que eu venha cometer.
Se este conflito durar por mais um pouco,
Ou eu faço um acordo meio louco,
Ou te esqueço antes de enlouquecer.

Se é que eu já não estou enlouquecido,
Querendo este amor que é proibido,
E causa um conflito no meu ser.
Se apenas um de mim não te esquece,
Imagina se o outro também quisesse...
Certamente eu morreria por você.


Francis Gomes

domingo, 19 de outubro de 2014

QUANDO A SAUDADE TOMA CONTA E A TRISTEZA CHICOTEIA

Mementos


Há momentos que tudo perde o valor
E só nos resta o verdadeiro amor
De pessoas que cruzam nossos caminhos
Que são as amizades que fazemos
Amigos ou grande amor que temos
E muitas vezes ainda se sentimos sozinhos

Nestes momentos  parece nada da certo
O grande amor às vezes não está perto
E a gente se sente meio perdido
Até perde a vontade de sorrir
E fica  sem saber pra onde ir
E viver já não tem tanto sentido

Isso acontece quando a gente ama de mais
Tenta esquecer e ver que não é capaz
E passamos a viver neste dilema
Porque nós temos controle sobre o olhar
Para escolher o  que quer admirar
Mas ninguém escolhe a quem se ama

Assim distante de você minha querida
Estou vivendo sem ter prazer na vida
Sentindo-me sozinho no meio da multidão
Sem você o meu viver é crítico
Que até pareço um corpo sem espírito
Um peito vazio sem coração

Francis Gomes





sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Inspirado na visita feita ao pontal do Padre Cícero em Farias Brito



Da mureta do pontal


São tantos anos distante
De minha terra natal
Que olhando assim do alto
Da mureta do pontal
Eu nem posso acreditar
Que eu estou a contemplar
Este berço colossal

Com os olhos cheios de lágrimas
A meditar eu me ponho
Será que é mesmo verdade
O momento que disponho
Poder matar a saudade
É tanta felicidade
Que penso até ser um sonho

Pois viver assim distante
Dos parentes e dos pais
As vezes a gente pensa
Que não voltará ver mais
Os amigos mais antigos
Também os novos amigos
Que as vezes a gente faz

Então sofre antecipado
A partida antes de ir
Vendo os amigos sorrindo
Também se obriga sorrir
Mesmo por dentro chorando
Vendo se aproximando
O momento de parti

E estes novos amigos
Que Deus nos da de presente
Aumentarão a saudade
Que tanto machuca a gente
Mas serão um incentivo
E também mais um motivo
Para voltar novamente

E mesmo a gente sabendo
Que tudo pode mudar
Tem esperança que eles
Estejam a nos esperar
Para matar a saudade
Brindar felicidade
De de novo se encontrar

Francis Gomes

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O RETORNO


Toda vez que volto a minha terra
E ao longe vejo a grande serra
Onde trabalhei com papai e meu irmão
Sinto uma alegria tão intensa
Ao mesmo tempo uma tristeza imensa
Que parece partir meu coração

Quando piso nas ruelas onde brinquei
E revejo os amigos que deixei
Revivo minha infância novamente
No abraço mútuo que recebo de meus pais
Sinto coisas que pensei não sentir mais
E dos meus olhos cair lágrimas sorridentes

A alegria é por ver meus pais de novo
Meus amigos, minha terra, o meu povo,
Mas a tristeza é porque sei, não ficarei.
Alguma coisa insiste em me lembrar
Que a alegria é repentina e vai passar
Porque em breve novamente partirei.



Francis Gomes

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A árvore amor e sua mutação



O amor é uma pequena semente, plantada em uma terra chamada coração. Por ser uma semente especial atualmente está em extinção, precisa de cuidados especiais para nascer.
Uma vez nascido, precisa ser regado por um liquido chamado carinho, receber os raios de uma estrela chamada ternura, para se fortalecer. Também é necessário construir em volta dele o muro fidelidade, revestido por varias camadas de credibilidade, para protegê-lo dos tempestuosos ventos que tentam destruir o amor antes que ele cresça.
Com o passar do tempo, cresce então a grandiosa árvore amor.
Suas raízes são firmadas e aprofundadas na verdade, seus galhos são fortalecidos e sustentados pela lealdade, e suas folhas são alimentadas pelo néctar da confiança, para adquirir um deslumbrante verde esperança.
 Florescem em qualquer estação, suas flores têm um colorido especial, anunciando a chegada da alegria, para dar frutos felicidade. Mas apesar de muito grande e frondosa, a árvore amor, é muito vulnerável, quando não é tratada com a devida atenção, e um pequeno vírus por nome desconfiança, pode contaminar as raízes do amor. Uma vez contaminado este vírus pode causar uma grave doença: O ciúme.
Os principais sintomas do ciúme são: Loucura instantânea pela perda total de controlo do sistema nervoso, além de causar esquecimento, também causa cegueira.
Esquecido dos saborosos frutos que o amor tem gerado, na loucura instantânea, acredita-se que o muro da fidelidade foi derrubado. E o esquecimento causado pelo ciúme, faz-se esquecer também de continuar regando o amor com carinho.
Como um sensor automático, a estrela ternura para de brilhar, e seus raios já não mais aquecem as folhas do amor, sem o néctar da confiança, as folhas do amor amarelam, e começam a cair, porque as raízes já não sentem a presença da substancia carinho. A árvore amor começa a secar.
A doença se agrava profundamente, e torna-se irreversível, transformando-se na mortal doença: Ódio.
Começa então a triste mutação do amor, para se transformar em ódio. Contrariando a natureza, onde as lagartas se transformam em borboletas para enfeitar o mundo, o amor começa através de sua doença se transformar em ódio, para destruir o mundo.
O ódio é a grande enfermidade do amor, que após a sua morte transforma-se neste mutante monstro. Sem antídoto, esta doença tem contagiado muitos corações, os quais têm se tornados, terras áridas e poucas férteis, impossibilitando que outra semente do amor volte a nascer. Os corações tornam-se desertos áridos e inabitáveis. Durante o dia, são visitados pelo calor da insegurança, no cair da noite vem o sopro do gelado vento medo, que trás consigo na calada da noite, as espessas sombras da solidão. E assim, dia e noite, noite e dia, o ódio se fortalece pela morte imatura do amor.  Porque o ódio, nada é, além da mutação do amor, após sua morte pela falta de cuidados especiais.





Francis Gomes

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mulheres, inexplicáveis


Mulheres, como às compreenderem...
Quanto menos entendemos, mais amamos!
Quanto mais amamos nos enganamos
Na incerteza insana se nos querem.

Impossível é viver e não vos amar!
Quem nunca vos comparou, com a beleza das flores?
Quem vos beijou, sem que o coração transbordasse de amores?
Quem nunca falou alguma frase para vos louvar?

Mas, que poema faria eu para louvar-vos?
Passei dias, meses, anos e mais anos,
Mas está além dos conhecimentos humanos
Palavras para que eu possa comparar-vos!

Tentei comparar-vos á lua, ao sol e às estrelas,
Descrevê-las em versos, rimas e poesias,
Nas músicas, canções e melodias,
E percebi: é impossível descrevê-las.

É uma mistura de suplementos indescritíveis
Tens a beleza da flor com o cheiro do pecado,
Mistérios que deixam um homem enfeitiçado
Encantos totalmente irresistíveis.

Que seria do mundo sem vocês?
São diamantes lapidados divinamente
Pelas mãos do próprio Onipotente,
Na imensa sabedoria que vos fez.

Neste momento, em que meu poema se encerra,
Sem adjetivos para vos qualificar,
A única coisa que eu posso afirmar
São os seres, mais cobiçados da terra.






Francis Gomes